O Rei Leão: A magia em ser imperfeito
Já faz 30 anos desde que o sol da savana africana raiou nas telas de cinema ao som de “Ciclo sem Fim,” composição de Elton John e Tim Rice que, em terras brasileiras, ficou conhecida na voz de Ana Paulino. Assim iniciava O Rei Leão, fenômeno que viria a se consagrar como a jóia da coroa do período da renascença dos estúdios Disney. Desde então, dificilmente há uma criança que viveu os anos 90 e que não tenha crescido com a história de Simba, príncipe que foge do seu reino e tem o trono usurpado por seu tio. Durante sua jornada, o leão se afasta do seu destino, mas precisa encarar finalmente o passado, tomar seus traumas como lições, lidar com seus erros, suas imperfeições.
O Rei Leão ganha forma justamente a partir de tais imperfeições. Utilizando técnicas de animação tradicional, há aqui um certo apego ao exagero de formatos e cores. Os leões não deixam de ser animalescos em seus movimentos, mas seus olhos são grandes e coloridos, de maneira a diferenciá-los e transmitir perfeitamente os sentimentos dos personagens. Desde a primeira cena, ainda sem diálogos, é possível decifrar Mufasa, pai de Simba, apenas por sua troca de olhares com Zazu. Firmeza, imponência, mas também acolhimento e calor. Afasta-se do real, do perfeito, para tornar tudo mais mágico; a partir daí, a empatia é conquistada quase que imediatamente.
Texto completo em: https://bit.ly/3Y1Z5nf